Olhando alguns blogs de moda me deparei com um pensamento muito interessante no Blog Da My e gostaria de compartilhar com vocês.
Eu não sei vocês, mas essa história de feminismo extremista me incomoda. Esse falso desejo de querer o mesmo realmente me tira do sério. “Não há nada mais contraditório do que ser mulher.” – e, talvez, nem nada mais piegas que citação de um autor desconhecido. Eu não acredito na igualdade, tenho plena convicção que o sexo feminino não quer essa equiparação e posso provar.
Se, de fato, deseja a equivalência então, por que diabos não liga pro cara no dia seguinte ao invés de esperar ele ligar? Ah, a vida feminina seria tão mais simples com essa atitude, tão menos jogada, sofrida e calórica. Ou melhor, por que não pagar para você e seu +1 entrarem em uma balada? Homens pagam – e caro, pagam a entrada, a consumação deles e a bebida pra você. Por que você não paga a entrada, a sua consumação, pega aquele sofá esperto e de quebra um drink pra ele, hein? Não é o dinheiro que lhe falta, em muitas das vezes, é que você espera que esta gentileza parta dele quando pode partir de você mesma.
Por que, naquela noite de verão, ao invés de gritar e sapatear, você não mata a barata ou aquela lagartixa que está no teto? São apenas animais, um artrópode, da classe dos insetos e o outro, um cordata da classe dos répteis, as coisas mais fofas, e a situação simples assim! Não há porque se desesperar. Não é nada que um chinelo não resolva, certo? Tem também aquela lâmpada, sabe? Que está queimada há 1 mês e você azucrinando o ouvido dele, que por sua vez, não troca porque você só lembra na hora do futebol, deixe-o no sofá vendo o jogo, pegue a escada e troque você.
Por que, cargas d’água, você vive em busca de um homem que possa lhe dar estabilidade e não procura um homem e oferece estabilidade a ele? Peça esse cara que te enrola, há meses, em namoro. Quer casar? Compre você as alianças, leve-o para jantar e faça o pedido. Cheguem juntos ao altar e não queira que ele a espere, afinal, vocês são iguais.
Se homens e mulheres são análogos, comparáveis, dê você, mulher beneficiada, o dinheiro dos programas do governo ao seu marido, afinal o governo destina o dinheiro à mulher e não ao homem. Incentive leis de proteção ao sexo masculino, dê a ele o direito de competir igualmente pela guarda do seu filho após um divórcio litigioso. Incite uma lei como a “Maria da Penha” aos homens, por que só você é protegida? Tá cheio de mulher stalker por aí, acreditem: elas são agressivas. “Que absurdo pensar que somos o sexo frágil, absurdo!”.
Igualdade é igualdade, e nós mulheres não queremos ser iguais, eu não quero ser igual. Não desejo paridade e devo ser honesta quanto a isto. Dizer que sou diferente e frágil não é o mesmo que afirmar que sou dependente – e que isto fique claro, nem dizer que quero sustento, não sou e não quero. Querer, desejar ser respeitada não é sinônimo nem vontade de ser um igual e não há vergonha alguma em ser diferente.
Aquelas mulheres, as russas da Primeira Guerra Mundial, lutavam por igualdade, mas a igualdade nos direitos básicos de cidadão, afinal, o cenário era outro e não há como comparar. Elas queriam trabalhar, queriam condições de vida melhores, queriam voz e respeito perante à sociedade. Almejavam o direito de serem cidadãs tanto quanto os homens, pois bem, devemos agradecê-las, admirá-las e entender que aquilo foi em outra época.
As mulheres de hoje, em pleno século XXI, querem mostrar uma dureza e uma indiferença que não há. Temos nossas limitações, nossa fragilidade, nossa TPM, nossa gravidez e são essas particularidades femininas, de mulherzinha, que nos deixam especiais. Em paralelo, já conquistamos tantas coisas, tantos territórios, tantas profissões. Eu admito que sou uma mulher frágil, chorona, gritona, que estuda, que trabalha, sou competente, capacitada e carente. Sou bem daquele tipo de mulher que já começa uma DR sabendo que está errada e vai até o fim pra não dar o braço a torcer. Sou aquele tipo comum de mulher que sai de casa as 7:30 da manhã e produz loucamente, e lê, e opina, contesta e que chora comendo sorvete quando toma um pé na bunda – loucamente também, diga-se de passagem. Que enlouquece em uma vitrine, carrega 50 sacolas, mas faz uma manha pra pegar pesado na hora de ajudar a mudar os móveis de lugar.
E eu me pergunto: como ser igual se até os cromossomos são diferentes? Somos XX eles são XY, e é esse Y que nós amamos, e é esse X duplo que faz com que eles queiram cuidar da gente, nos mimar e proteger. E o que tem de mau nisso? Que mulher não gosta de um carinho, um mimo, um presente, um amor? Que mulher não usa do fato de ser mulher pra surtar sem motivo, pra chorar porque quer?
Aceitem que não somos iguais, somos diferentes e ainda bem, já pensaram? Somos tão capazes quanto, tão fortes e úteis quanto mas, em capacitações diferentes, situações diferentes e ocupações diferentes. Somos genéticas que se somam e não que se equiparam. Ora, tenham prazer em serem particulares.
Por Brenda Hoffschneider / Instagram: @brendahoffschneider